sábado

História

Gostei de o conhecer, gostei de ver a força dele, de sentir a força dele, sei pelo que passou, pelo que conquistou, pelo que lutou e o que perdeu, gostei de o ver correr dias e dias a fio, gostei de o ver rir até não poder mais, gostei de crescer com ele, de o ver ultrapassar barreiras e obstáculos que eu hoje mesmo não acredito ainda que ultrapassou! Ele era tão forte, a sério, tão heróico, tão jovial, mas tão adulto, cresceu cedo demais, foi obrigado a isso, as vezes ainda me questiono como seria a sua infância se tivesse sido mais prolongada, mais "aproveitada", menos dolorosa, mais juvenil, não sei o que seria dele hoje o que passaria, como seria e como olharia para a vida, como a entenderia e como lutaria pela sua felicidade, teve fases complicadíssimas durante o seu crescimento, viu a Lua muitas vezes com as lágrimas nos olhos e um sentimento de revolta gigante dentro de si, observou-a em várias ocasiões questionando-se a si mesmo o porquê de ser sempre ele, o porquê de o Sol nunca brilhar para ele, nunca o iluminar como fazia com todos os outros, porquê que ele nunca sentia o seu verdadeiro calor, era na Lua que ele se refugiava, a Lua essa sim, rodeada pelas suas constelações, iluminavam-no e davam-lhe esperança de que um dia o Sol iria brilhar para si, ele acreditou e lutou por esse dia, procurou-o sem nunca parar, era incansável aquele miúdo, tinha uma força que eu nunca vi antes, uma força de enfrentar tudo e todos que lhe dissessem não, que o confrontassem, até que, atacaram o seu ponto fraco, tudo o que ele mais amava na vida foi-lhe tirado, levado para outro mundo com a desculpa que sempre que lhe quisesse falar, olhasse para o céu e chamasse o seu nome, ele tentou, de facto, ele bem tentou, chamou vezes sem conta, gritou, entoou mas nunca foi correspondido, sonhou com conversas intermináveis, com momentos que jamais esquecerá certamente, foi incentivado a levantar a cabeça vezes sem fim, ouviu todas aquelas palavras de apreço, embora vazias, a intenção estava lá, ele andou meses e meses desolado, acabado e sentiu durante anos que a culpa era toda dele, até que numa noite, depois de voltar a adormecer adornado em lágrimas e o sentimento de raiva que  percorria insanamente o seu corpo e a sua mente, sonhou e esse sonho, tudo mudou, muitas vezes, esquecemos-nos com o que sonhamos, mas ele não, ele lembrava-se bem, do que viu, do que ouviu e nessa amanhã quando acordou, ele voltou a levantar a cabeça, voltou a olhar para a frente e dar valor a si mesmo, disposto a provar ao mundo que ele ia triunfar, não só por ele, mas por quem lhe tinham tirado, tinha ganho a sua força, era agora mais forte, tão pequeno que era, mas tão grande, era um homem com aquela tenra idade, com aquele corpo escanzelado, aquele cabelo sempre meio despenteado, aqueles fatos de treino remendados nos joelhos porque ele os rasgava por tanto correr e jogar a bola, tornou-se homem muito cedo, a sua vontade era notória e quem se punha no seu caminho, se aliava a ele, o seu positivismo e o seu carisma, a sua atitude e a sua personalidade, não dava para ficar indiferente!
Ele era mesmo muito forte, gostei de fazer parte da sua vida, de a ter vivido com ele, porque no final de contas, aquele miúdo descrito em cima, era eu...

11 comentários:

Audrey Deal disse...

mas eu estava para ir antes de almoço quando desisti, tive de voltar para trás LOL

Audrey Deal disse...

Fiquei mesmo triste de não ter ido :( Adoro ir lá!

Audrey Deal disse...

Eu gosto de ir lá comer xD
Mas hoje ia ver uma marca que só se vende lá ahah

Ana disse...

era tão bom que a mentalidade das pessoas mudasse (: *

Ana disse...

pois dá, porque sem a saudade não sabemos o quão forte é o amor que temos por alguém *

Ana disse...

ainda bem (; *

A. disse...

Adorei **

Audrey Deal disse...

Essie, é uma marca de vernizes LOL

Marcela disse...

R: mesmo assim prefiro não os fazer. Mas fico agradecida por me enviarem.

Jovem $0nhador@ disse...

Que lindo texto...um texto que mostra muita força e muita garra de uma pessoa! És um lutador ;) Continua a ser assim não mudes!

Anónimo disse...

No words *