O ontem vivido hoje...

É difícil, é muito difícil, quando dás por ti, passaram-se mais de 10 anos e nada, era assim que pensavas que ia ser? Era assim que esperavas crescer e ver tudo a tua volta, finalmente aquela pergunta do "onde te imaginas daqui a 5 anos?" faz sentido? Não. Nada faz sentido, mais de 10 anos e nada, nada de nada, a saudade bate à mesma hora que bateu naquela primeira noite após o choque, o pesadelo é o mesmo, a mesma curta metragem que assombra noventa por cento das tuas noites, aqueles 5, 10, 15 minutos sentado na cama antes de adormecer, pensando como seria bom, se ainda estivesses ali, aos pés da cama, assistindo a novela enquanto esperavas que adormecesse, são os mesmos, a lágrimas caem na mesma dose, perfeitamente doseada com o mesmo nível de sal que caíam quando eras criança, no fundo, ainda és uma criança, pois passaram-se mais de 10 anos e ainda não ultrapassaste, ainda não a ultrapassaste, ainda lutas todos os dias como quando eras um miúdo, como quando te disseram que ela ia lá para cima olhar e tomar conta de ti, quando continuas a achar que não é egoísmo quere-la a tomar conta de ti, aqui em baixo e não de lá de cima como te disseram em tempos, quando ainda vestes uma camisa para ir ao cemitério porque ela odiava ver-te desengonçado, desfraldado ou simplesmente não apresentável, ainda és uma criança por achar que lá no fundo, bem lá no fundo, ela ainda olha para ti, ainda toma conta de ti e ainda te dá sinais dos caminhos que deves seguir, quando ainda rezas por ela, ou lhe contas em murmúrios os teus feitos, os teus dias ou lhe conferencias os teus amigos, quando ainda que em lágrimas, rezas o que te ensinou "anjo da guarda minha companhia guardai a minha alma de noite e de dia" antes de dormir, por isto tudo e por muito mais ainda és uma criança.

Mas vais ter de ultrapassar, vais ter de te conformar com o facto que já se passaram 10 anos e ela não voltou e nunca vai voltar, poderá como tu acreditas, esperar por ti lá em cima, mas não voltará cá a baixo e essa cabecinha tem de se levantar, tem de olhar em diante e usar essa força para se recompor, podes sempre voltar aqui e escrever o que te apetecer, desabafar o tanto que te apeteça, como já o fizeste tantas vezes, como o vais fazendo, como o estás a fazer agora, mas nada disso a trará de volta, nada disso mudará a tua vida...

Por mais que escrevas estas coisas, sabes que nada vai mudar o que sentes, o que pensas ou como ages, por mais que escrevas, vais continuar a chorar antes de ir dormir, vais continuar a ter o pesadelo como sessão inconsciente favorita e vais continuar a desviar as pernas na esperança de sentir o peso sobre a roupa que te cobre os pés ao fundo da cama e nada disso acontecerá, o mais triste é que nada disso acontecerá, mas tu acreditas, porquê? Porquê que acreditas em algo que tantos murros no estômago já te deu e continuará a dar, que tantas horas de sono te retirou que o tempo não devolverá, que te fez drenar tantas lágrimas que apenas uma almofada húmida te as secou, porquê?

O mais triste é que mesmo com as evidências todas, tu acreditas, mesmo com mais de dez anos em cima, tu acreditas, como no mesmo dia após o choque, porque após dez anos, ainda olhas para a foto na tua cabeceira, com o mesmo amor, com o mesmo carinho e a mesma necessidade de quando tinhas apenas doze anos e choras, choras porque não te lembras como era o tacto dela, porque ainda te tentas lembrar da voz dela a chamar o teu nome quando fazias asneira, porque embora ainda tenhas camisolas dela escondidas em casa, o cheiro à muito que se foi, inundado num perfume de gaveta ou armário para não ganhar mofo e choras essencialmente porque não consegues dizer estas coisas, porque preferes esconder ou apenas acenar com a cabeça quando te perguntam se tens saudades, não são só saudades, tens necessidade e essa necessidade nunca vai ser realizada, essa calma interior pode ser amenizada mas nunca reposta na totalidade, choras porque esbarraste em alguém na tua vida que te recorda dela, que tem traços bastantes expressivos dela, a maneira como te rouba aquilo que pensas sem sequer teres noção disso, as frases com a mesma entoação e a gargalhada que te desorganiza completamente a cabeça, as vezes, só precisamos de alguém para dizer isto tudo, mas tu não, tens sempre de ir pelo caminho da opressão e do está tudo bem e cá estás tu novamente, a chorar por ela e por tudo o que escreveste aqui, e agora?

Os aniversários da Vida

Mais um ano, mais um ano em que a rotina é banalizada em prol do teu dia, em que o que é rotina é ver-te, sentir-me perto de ti, devagar, não é preciso pressas, não vais a lado nenhum não é verdade... E como eu queria que fosses, ou que me pudesses levar como tantas vezes levaste, que bons que eram aqueles passeios, jardim da Estrela, jardim da Parada, Belém, parque do moinho, Alvito, parque do Índios, bem podia estar aqui todo um dia a recordar onde me fizeste feliz e infelizmente onde não poderás fazer mais...

Venho para desgastar um pouco mais as palavras que já conhecem o seu destinatário de cor, onde a morada está alojada no meu coração e o código postar é escrito através de lágrimas, são mais de 10 anos a endereçar-te o que sinto, sem nunca obter uma resposta, visão ou um carinho de retorno, mas não me canso, em vez disso, procuro nos álbuns que nos deixaste, os banhos, os abraços e as brincadeiras que tinhas comigo, ainda hoje a cama tem aquele espaço guardado para te sentares e veres o Rei do Gado ou o Cravo e a Rosa, a minha estante ainda tem todos os teus cds de Leandro e Leonardo ou os TOP+ de Portugal.

Sabes que é com grande egoísmo que te digo que sinto a tua falta e de que maneira, não acho de modo algum que me tornei numa má pessoa ou me descarrilei para os maus carris da vida, mas tenho a opinião que contigo nela, só tornaria tudo melhor, já imaginaste? Irmos de férias, comigo a conduzir como tu sempre dizias? Irmos as compras sem precisarmos de ir quando a loja abre para não termos de esperar por um táxi? Ia ser tudo tão diferente do que é hoje e acho que gosto tanto de conduzir porque me faz bastante lembrar do que me dizias, a independência é um posto, não precisarmos de ninguém é uma dádiva, mas eu preciso e vou precisar sempre, nós sempre precisamos de alguém.

Não te vou apontar o dedo por me teres dito que arranjamos sempre uma solução, que nunca nos íamos separar ou que jamais eu teria de lidar com os meus problemas sozinho, porque honestamente, não me mentiste, só não me disseste que não era contigo, deixaste-me um homem que é pau para toda a obra, que ainda me cuida como se eu tivesse aqueles precários 12 anos de quando te foste embora e apesar de todas as cabeçadas que damos um ao outro, acho que não existe maior união que a nossa, ele teve de ocupar o lado dele e o teu e acredita, fê-lo com todo o amor e dedicação que tu sempre fizeste, não foi o mesmo, mas não podia estar mais agradecido, quando toda a gente pensava que ele se ia embora, ele ficou e mostrou que tu não eras um acaso na vida dele, sei que ele também sente muito a tua falta e em dias de maior desnorte, ainda o oiço a dizer "andas por aqui que eu sei".

A semana do teu aniversário, esta semana, mata-me por dentro, 3 aniversários de pessoas fulcrais na minha vida e só ele está aqui comigo, muitas das vezes não sei como lidar com isso e apesar das minhas duas décadas de existência, parece que estive encubado 12 anos dentro de um casulo, não deixavas que ninguém o penetrasse. As pessoas acham-me um bocado gelado, até mesmo antipático e cético em relação a vida, dizem que me formei com os teus valores mas não com a tua calma, já me disseram mesmo que tu és a causa de eu ser assim, não nego, custa-me ouvir certas coisas e não ficar magoado, mas quando comparado contigo, tudo para mim é um elogio, se alguém te conhecesse como nós te conhecemos, ninguém abriria a boca para falar de ti ou até mesmo de nós, éramos o 3 em 1 perfeito, eu que invadia a nossa casa pela pequena janela da casa de banho quando se esqueciam das chaves em casa, tu que cozinhavas como ninguém, aqueles pastéis de bacalhau artesanais ou aquele arroz de pato que nunca mais vou saborear nada igual, ele que mesmo cansado depois de um dia a aturar gente parva, nos fazia as vontades e íamos jantar fora ou ao estádio, que trio que éramos.

Resta-me desejar-te um feliz aniversário e esperar que para o ano esteja cá novamente e possa estar contigo da mesma maneira que tenho estado nestes últimos anos, sei que nunca vais ler isto, mas adorna-me o sorriso saber que ainda me consigo dirigir a ti.

Amo-te

Um anito

Um ano, pois é, fez no passado dia 8 de Novembro, um ano que tudo começou. 

Um ano de emoções fortes, de distâncias, aqui e ali, de saudades, de provas, de atitudes, um ano que serviu para provar que as palavras e juras quando credibilizadas, valem a pena. Hoje tenho te ao meu lado e só a ti te tenho a agradecer, fazes-me sentir completo, seguro, sem medo de olhar para o futuro.

Lembraste de há um ano para cá? "Eu dou-me mal com relações", "Nunca fui muito boa a mostrar o meu lado meigo" e olha para nós agora, carinho não falta, para além de namorados, somos os melhores amigos, a melhor companhia um do outro e principalmente, o maior porto de abrigo.
Ambos crescemos, na realidade ambos passámos por um período que 90% dos casais falham, a distância, foram 4 meses longe um do outro, ainda num estado precoce da nossa relação, mas nem isso nos abalou, só nos uniu mais, a vontade de nos voltarmos a ver, superou tudo e todos os que nos queriam longe um do outro.
Obrigado por este ano, foi dos melhores da minha vida, espero que venham mais 5, 10, 15 anos como este, recheados de viagens, amor e muita diversão.

Amo-te 

Diário De Uma Paixão! Impasse

Hoje o amor voltou a vestir-se de negro, negro como o piano velho que acompanha a melodia da minha paixão, hoje o meu amor soou em acústico, longe daqueles tremelico de outros tempos, hoje a batida é outra, leve, suave, nem todos conseguem acompanhar a batida do meu amor, nem todos conseguem fazer silêncio para a ouvir, hoje nada é preparado, o acapella do meu coração começou e são poucos os que têm acesso aos bilhetes para este espectáculo, mas os que lá estão, estão nos melhores lugares da casa...

Hoje o amor voltou a ser convencido e premeditado, voltou a achar-se correspondido e amado de volta quando não era bem assim, voltou a sentir-se a melhor bolacha de todo o pacote, quando na verdade, estava bem lá no fundo, amassado e esmagado, voltou a sentir-se gel de um cabelo que não levanta, voltou a sentir-te perfume que o aroma não agrada, voltou a sentir-se tudo, quando na realidade não é nada...

Hoje o amor, lembrou-me que não tinha ido embora, acordou de um sono imposto pelo sedativo da minha vontade, gritou então bem alto no meu pensamento, "Estou aqui", suspirou depois dentro dos meus pulmões até deslizar pela minha face no estado liquido... Ele está aqui e parece que veio para ficar

Diário De Uma Paixão! O Primeiro Texto

" Ela não possui o romantismo no seu leque de qualidades, ou melhor, ela não o "divulga", mas de vez em quando parece que se esquece desse facto, as vezes um sorriso mais querido faz com que se perceba que o que ela disse, tem de ser levado como algo romântico. Ela é morena de olhos cor de mel, quando ri, ai quando ri esses olhos rasgam como os aviões que perfuram a velocidade do som nos céus, sorriso perfeitinho, branquinho, daqueles que chama a atenção e dá vontade olhar e a adicionar a essa receita tão bem conseguida, as bochechas, algumas vezes rosadas devido ao calor ou a algo que a deixa sem jeito, é tão linda a rainha dos elfos, os seus longos cabelos encaracolados, que para mim bem podia ser o Tarzan e balançar a minha mão entre cada fio do seu cabelo como se de uma liana se tratasse!
Gosta de pintar as unhas várias vezes ao dia, mas detesta ser interrompida quando o faz, as vezes monta a banca e faz as unhas a casa toda, depois mostra-me o resultado final, tem tanto jeito, os vestidos, ficam-lhe sempre bem e o conjunto de acessórios que tem para embelezar ainda mais a sua silhueta é tão vasto que qualquer coisa que use, lhe fica bem. A Rainha dos elfos não é chata, é sim despachada, não é cabeça na lua, mas esquece-se algumas vezes do que lhe pedem, adora acordar tarde e detesta estar as sms de manhã, tem uma maneira muito própria de ser,o seu interior é robusto e é inteligente, é elegante e aquele toque pessoal, é qualquer coisa que não consigo adjectivar, eu acho sinceramente que a minha eloquência não chega para a descrever como gostaria, o folgo que ela me tira quando sorri é algo que não consigo entender, quando usa fitas no cabelo, lembra-me mesmo uma Rainha e como a adjectivou a minha mãe, "dos elfos", a inercia com que me deixas quando olhas para mim, congelas-me mesmo e o meu interior só tem vontade de te abraçar, mas o corpo não reage e a oportunidade perde-se... A Rainha dos elfos  não é perfeita, também comete os seus erros, mas aquilo que faz para os compensar, vale sempre a pena, ela adora castanho e só tem sandálias dessa cor, ela quando gosta, gosta a sério, mas quando não gosta, não vale a pena, podem tentar o que quiserem, não vão conseguir, quando ela fala, é como uma balada que me entra directamente no coração sem bater a porta, a sua voz, carinhosa, mais ainda quando tem sono, quando tem sono é que nos dá ainda mais vontade de falar com ela e ela despacha-nos, ela não quer saber, para ela, ela está em primeiro lugar em qualquer ocasião...
Só tu saberás que este texto é dirigido a ti, quando muitas pessoas se calhar vão pensar que não, assim ficaste e assim serás daqui em diante, Rainha dos elfos.

"Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal! 

E que a falta dela é um vazio igual à morte." "

Este foi o primeiro texto que ele lhe dedicou, o primeiro que fez sentido, o primeiro acusando o que sentia por ela, ela retribuiu sem pensar duas vezes!

Diário De Uma Paixão! Fase

[...]Atravessam uma fase muita complicada, muitas discussões, muitas costas voltadas, já não sabem o que fazer, não estão bem com nada, não lidam bem com nada, é arrepiante uma discussão destes dois, ele, argumenta como se não houvesse amanhã, já ela, ela não fala, diz que sim a tudo, concorda com tudo o que ele diz, a sua maior incompatibilidade é aqui, quando discutem, não conseguem chegar a um senso comum, a um ponto de entendimento, o que torna tudo mais difícil!
Quando discutem, o céu fica cinzento, carregado de chuva para tornar o dia triste, tal como os seus rostos, apáticos, quadrados, rijos, não entendem que a serem assim, só se prejudicam, só se chateiam e não os leva a lado nenhum.
É nesta fase que se percebe realmente que gostam muito um do outro, não é nas fases boas que se demonstra o amor, mas sim nas más, na fase que alguém tem que dar o braço a torcer, na fase que alguém tem de abdicar da sua razão para ficar bem com a pessoa que gosta, o amor deles é grande e arde com uma labareda que só está visível aos mais recatados, é um amor audaz, cheio de força, guardado pela necessidade de se verem!
Espero que fiquem bem rápido, pois um casal como este não consegue gerir uma má fase por muito tempo, ela afasta-se e ele torna-se um chato de primeira, criando o efeito de bola de neve e quando tudo rebenta, rebenta mesmo, espero que melhorem e voltem a demonstrar todo o amor que sentem um pelo outro! [...]

Diário De Uma Paixão! Confissão

"Causa-me um arrepio na espinha, quando oiço a voz dela, deixa-me sem palavras quando diz que me ama, quando estamos bem, tudo esta bem, quando estamos mal não durmo, não sonho, não vivo, tornou-se no ar que respiro e a sua aragem só me traz alegria, gostaria de passear com ela por outros ares, mas por agora deixo que me ela me deixe sem ar, tão tímida, tão pequenina, a minha bichina é qualquer coisa de outro mundo, não me fizesse ela viver num mundo aparte, aparte de outros mundos em que eu não quero viver, ela está-se a tornar num mundo e moldou esse mundo para que possamos viver nele, ela dá-me vida e a vida que quero é uma vida com ela, vivida a dois até ao fim da minha vida.
Espero um dia tê-la nos meus braços e abraça-la até que os braços me doam e o coração dela sinta o meu, palpitando pelo abraço dela, nesse momento, pegarei-lhe no braço e levarei-a para longe para a ter tão perto de mim, longe de tudo, só nós, eu amo-a..."

Ele

Diário De Uma Paixão! A Primeira Carta

"Oláá Kika, era impossível eu estar contigo no teu dia, eu sei, mas não é por isso que me esqueciii, já te dei os parabéns algumas vezes, quando dizia que te ia surpreender mais cedo do que o que pensavas, era disto que eu estava a falar, espero que gostes, foi tudo a pensar em ti, no teu dia, no teu sorriso, espero que saibas que tudo o que fiz até hoje foi porque te amo e mais importante que isso, porque deliro com o teu sorriso quando sei que é por minha causa e esta prenda é uma esperança que isso volte a acontecer, não quero que agradeças, quero que aproveites, se gostares ou que pelo menos guardes se detestares ( :s ) Foi com muito amor que escolhi isto para ti, com uma grande ajuda da Sá, é verdade, se não fosse ela, era impossível entregar-te isto, já que tu nunca me deste a tua morada e eu como te disse sempre, não ia aí sem a tua permissão. Também espero que tenhas um grande dia, o teu grande dia com tudo de bom e que estejas com as pessoas que mais gostas, que aproveites ao máximo e que esta prenda não te estrague esse mesmo grande dia! Eu amo-te e se ainda não tinhas a certeza disso, fica aqui mais uma prova, desastrada eu sei, mas foi a melhor maneira que encontrei para te tentar meter um sorriso na cara, eu vou estar sempre aqui, tu sabes disso e acredito que também estejas para mim, mas vá é do teu aniversário que estamos a falar e esse sim, é que é importante! Quero que aproveites e se não gostaste, desculpa, não era minha intenção estragar-te o dia, mas sim o contrário, melhorar! Eu fico-me por aqui, não há mais nada a dizer, lembra-te só de dar um mega beijo à Sá se ficaste feliz, porque grande parte disto, é culpa dela, tens aí uma amiga para a vida, quanto a mim, resta-me dizer-te que és super importante para mim amor e no que depender de mim, vou estar aqui como sempre estive, espero que acredites nisso e que não quero forçar nada com isto, só quero o melhor para ti e tentar melhorar o teu dia, amo-te, feliz aniversário! <3"

Diário De Uma Paixão! Distância

[...] É um dos maiores problemas que se pode ter numa relação é não termos a pessoa que amamos connosco, é não poder acordar com o seu sorriso e adormecer a ouvir o seu respirar, a arritmia aumenta drasticamente com a distância, basta uma mensagem que não chega, um telemóvel desligado e o nosso batimento cardíaco dispara a uma velocidade como que se tivéssemos corrido uma maratona, amar a distância é complicado, este casal porém, era diferente, os maiores problemas que se tem numa relação à distância é a confiança, mas eles não, confiavam um no outro de olhos fechados, para eles, isso não era problema, bastava a sua palavra e nada mais do que pudessem dizer mudava o que pensavam, contudo, existia alguém capaz de tudo, alguém que não viu a sua relação resolvida no passado, alguém que estava disposto a estragar o futuro que estes dois estavam dispostos a criar, juntos...
Com a distância nem sempre é fácil lidar com o parceiro, ele era inseguro e muitas vezes precisava que Francisca lhe dissesse o que sentia por ele, por vezes, vezes demais e as vezes, Kika "fartava-se" de o repetir, ela que nunca gostou de demonstrar o que sente, fazia-o por ele, para que ele percebesse que esta distância em nada ia alterar o seu fresco relacionamento, já ela, era despreocupada, confiava nele e isso chegava-lhe, para ela, "vozes de burro não chegam ao céu" e não precisava que ele estivesse sempre a mencionar que gostava dela, uma vez chegava-lhe, ela argumentava "não tenho mais 15 anos, tenho 20!", era a forma que ela encontrava para que ele percebesse que não era preciso ser tão meloso para ela.
Ele não lidava muito bem com a distância, tinha muito medo de a perder, Francisca tinha-se tornado na pessoa mais importante na vida daquele rapaz, acordava a pensar nela, adormecia a falar com ela, não se aguentava chateado com ela, simplesmente não conseguia estar sem falar com ela, isto é, quando se chateavam, já Kika, vivia muito melhor com a distância, para ela o seu rapaz era um tonto por vezes lhe dizer para que ela nunca o deixasse, dizer-lhe que ela era a miúda dos sonhos dele, eles tinham força, tinham vontade e tinham amor, mas será que será suficiente para vencer tão duro obstáculo?[...]

"A distância é uma barreira quase impenetrável, que o amor ia mais uma vez desafiar, eles tinham uma paixão tão saudável e parecia que nada os conseguia separar mas existem pessoas más, sempre dispostas a falar mal e por mais que dissessem tanto faz, tentam sempre separa-los no final..."

Diário De Uma Paixão! Ele

[...] E aos poucos e poucos tudo se foi tornando normal na vida de Francisca, conseguira melhorar o facto de se expressar perante o seu rapaz, dizia agora o que sentia sem vergonha ou timidez, sentia-se bem consigo própria, com ele, sentia-se segura, protegida, feliz. Para ela a sua vida tinha mudado, agora tinha alguém e a diferença no fundo é que ele fazia toda a diferença na sua vida, diferenciando-se de todos os rapazes até então, ele, simples e humilde, tratava-a como se de uma boneca de porcelana se tratasse, uma simples constipação era motivo para que ele passasse o dia a perguntar como é que ela estava ou se já tinha providenciado algo para a sua melhoria, ao contrário dela, ele vivia muito os sentimentos, vivia-os a flor da pele e levava tudo o que ela dizia muito a sério, ele era muito calmo e pouco confiante em si mesmo, bastante inseguro, aliado a isso existia a verdadeira barreira deste amor, a distância, eram mais de 400km a separar ambos, embora os corações estivessem lado a lado.

Kika, caracterizava-o como querido, simpático, chamava-o de prince e gordo e adorava a forma como era tratada por ele, amor, princesa pequenina, eram alguns dos termos pelos quais ele a chamava, iam-se conhecendo pouco a pouco, já sabiam algumas expressões de cada um, Francisca ficava fascinada como ele conseguia em tão pouco tempo, terminar as suas frases, ou simplesmente saber o

que ela iria dizer, irritava-a, como é que alguém em tão pouco tempo, já a conhecia melhor que muita gente que conviveu com ela durante anos a fio, por outro lado, dava-lhe a certeza que ele estava incondicionalmente do seu lado e que estava dedicado a ela.
Ele, sempre a achou linda, simpática e divertida, via nela uma rapariga diferente das outras, deixava-o em estado de choque com os pequenos choques que lhe aceleravam o coração, a sua voz, canalizava uma melodia perfeita na pauta da sua vida, ele sossegado no seu canto, deixava que o canto de Francisca o livrasse do silêncio da melancolia em que se tinha tornado a sua vida, admirava a sua maneira de ser, complexa e radical, tanto estava bem, como estava mal, tanto sorria, como discutia, mas era ela própria e ele sempre soube, que sempre que precisasse, ela iria estar ali, incondicionalmente e irremediavelmente, presente, sem arredar pé, tal como ele estava se a situação se virasse do avesso.
Eles tinham tudo para ficar juntos, até que a barreira da distância e vozes de quem não quer bem, começaram a intervir...[...]

Diário De Uma Paixão! Amor

[...] Começou a sentir arrepios pela espinha quando era pronunciado o nome daquele que lhe tinha tocado onde nunca ninguém teria conseguido tocar antes, a necessitar de atenção de tal humano como nunca antes tinha sentido essa necessidade antes, para ela era um mundo novo, algo que não conhecia, que nunca tinha dado confiança para que tal acontecesse na sua vida, no fundo, tinha medo, medo de ser dependente, de se apaixonar, de se entregar a alguém que não merecesse, o mundo está cheio de hienas, cobras e outros tantos animais "falsos" e devido a isso, Kika sempre se manteve longe deste sentimento que agora, não conseguia conter mais, agora era a sua vez!
Procurava neste amor o seu ultimo primeiro beijo, o seu ultimo primeiro mês, o seu ultimo primeiro amo-te, procurava a felicidade, a paz, o sossego e todas as outras palavras associadas ao conforto que todos nós gostamos de possuir, ela também é assim, contudo num estilo pouco ortodoxo, corta o mal pela raiz se for necessário e  não se importa de sofrer com isso, para ela, tudo passa um dia, o coração morre mas não pára, quem pára somos nós e de tanto pararmos, paramos no tempo por causa de alguém.
O amor é algo tão simples, mas tão complexo, faz-nos pensar em tudo e que não queremos nada quando na verdade queremos tudo mas não pensamos em nada e os actos irreflectidos não voltam atrás e o arrependimento que acabamos sempre por dizer que não chegou até nós, corrói-nos o coração e grita pelos nossos olhos, é claro que todos nos arrependemos, talvez não ao ponto de odiar tudo o que aconteceu, mas há sempre algo que pensamos que poderíamos ter agido de forma diferente e julgamos-nos sempre a nós próprios pelo que fizemos ou não fizemos, pelo que deixamos que acontecesse e pelo que fizemos acontecer, o amor é isto e Kika estava prestes a perceber que tudo o que julgava ser o amor até então, estaria 90% errado, pois o amor era muito maior, melhor e completo do que ela julgava, o amor era muito mais tocante, ardente e cativante do que ela alguma vez sonhou e que quando se ama, primeiro estranha-se e depois, entranha-se![...]

Diário De Uma Paixão! Um Dia

[...]Contudo, mesmo não acreditando no amor, Kika foi gostando, pouco a pouco, foi-se entregando a quem pensava que seria merecedor do seu verdadeiro carinho e amor, para ela, a beleza, está nos olhos de quem a vê, não liga ao que os outros dizem e muito menos se importa com o dizem sobre ela, tem qualidades que ela própria desconhece e uma força que nem mesmo ela consegue explicar. Mas o amor muda tudo e um dia, tudo mudou, um dia tudo deixou de ser como sempre foi, como todos os adolescentes crescem, Francisca também cresceu e com o tempo foi trocando o sorriso do Sol pelo sorriso de alguém que a fazia brilhar, que a fazia sentir tal como o Sol, predominante nos céus, começou a ansiar uma voz do outro lado da linha em vez de uma tarde bem passada, estaria ela apaixonada? Será que estaria diante do seu verdadeiro amor? Aterrorizada com essa possibilidade, retorquiu para si mesma que ninguém jamais poderia saber de tal acontecimento, resolveu guardar para si esse sentimento que perdurava agora bem vivo no seu peito, refugiou-se assim entre brincadeiras e conversas, é difícil acreditar no amor, temos medo que as borboletas na barriga se tornem em traças e nos comam por dentro, ganhamos respeito pela palavra não e as lágrimas caídas deixam de ser por nada, quando amamos alguém, tudo faz sentido, mas ao mesmo tempo, não sabemos o porquê de nada, será que a nossa maturidade revela o quanto somos imaturos? Um dia, Kika percebeu realmente o que era amar alguém e nesse dia para ela, tudo mudou[...]

Diário De Uma Paixão! Apresentãção

Depois de uma manhã muito atarefada, eis que chega a tarde, uma daquelas tardes que todos nós gostamos, era Agosto e o Sol dominava nos céus, rasgando a pele de cada um com os seus raios de alegria, preenchendo o dia de sorrisos pela sua presença tão viva, a pequena Francisca era uma delas, adorava o Sol e todas as manhãs ansiava pela tarde e todas as tardes ansiava pelas tardes seguintes, Kika como lhe chamavam os seus familiares, era morena, tom de pele que contrastava perfeitamente com o seu sorriso, limpinho, mais branco que o próprio algodão, todo alinhado que nos deixava colado a ele, adoçado com covas nas bochechas e uns olhos que se rasgavam à medida que o leque do seu sorriso ia desabrochando, personalidade bem vincada, sem nunca deixar nada por dizer, era por isso frontal e directa. Kika não acredita muito no amor, para ela o amor era secundário, não a dominava nem lhe chamava a atenção tão pouco, só trazia problemas e dores de cabeça, entre tantos outros sentimentos, o amor era mesmo o que menos interessava, fugia mesmo dele por vezes. Nunca gostou de se expressar, muito menos de mostrar o que sente, escondendo o seu afecto em ofensas de todo, queridas, era a sua forma de mostrar que gostava de alguém, muito única, muito complexa, muito diferente, ela era comparável as árvores de folha caduca e quando menos acreditávamos nas suas folhas caindo sobre nós, logo avistávamos uma, ainda bem agarrada e presa a sua árvore, possui uma mística incrível, sem igual, é tão complicado passar para o papel, é tão difícil de exprimir[...]

Vou começar a postar sobre esta história, espero que gostem! <3