segunda-feira

Diário De Uma Paixão! Ele

[...] E aos poucos e poucos tudo se foi tornando normal na vida de Francisca, conseguira melhorar o facto de se expressar perante o seu rapaz, dizia agora o que sentia sem vergonha ou timidez, sentia-se bem consigo própria, com ele, sentia-se segura, protegida, feliz. Para ela a sua vida tinha mudado, agora tinha alguém e a diferença no fundo é que ele fazia toda a diferença na sua vida, diferenciando-se de todos os rapazes até então, ele, simples e humilde, tratava-a como se de uma boneca de porcelana se tratasse, uma simples constipação era motivo para que ele passasse o dia a perguntar como é que ela estava ou se já tinha providenciado algo para a sua melhoria, ao contrário dela, ele vivia muito os sentimentos, vivia-os a flor da pele e levava tudo o que ela dizia muito a sério, ele era muito calmo e pouco confiante em si mesmo, bastante inseguro, aliado a isso existia a verdadeira barreira deste amor, a distância, eram mais de 400km a separar ambos, embora os corações estivessem lado a lado.
Kika, caracterizava-o como querido, simpático, chamava-o de prince e gordo e adorava a forma como era tratada por ele, amor, princesa pequenina, eram alguns dos termos pelos quais ele a chamava, iam-se conhecendo pouco a pouco, já sabiam algumas expressões de cada um, Francisca ficava fascinada como ele conseguia em tão pouco tempo, terminar as suas frases, ou simplesmente saber o
que ela iria dizer, irritava-a, como é que alguém em tão pouco tempo, já a conhecia melhor que muita gente que conviveu com ela durante anos a fio, por outro lado, dava-lhe a certeza que ele estava incondicionalmente do seu lado e que estava dedicado a ela.
Ele, sempre a achou linda, simpática e divertida, via nela uma rapariga diferente das outras, deixava-o em estado de choque com os pequenos choques que lhe aceleravam o coração, a sua voz, canalizava uma melodia perfeita na pauta da sua vida, ele sossegado no seu canto, deixava que o canto de Francisca o livrasse do silêncio da melancolia em que se tinha tornado a sua vida, admirava a sua maneira de ser, complexa e radical, tanto estava bem, como estava mal, tanto sorria, como discutia, mas era ela própria e ele sempre soube, que sempre que precisasse, ela iria estar ali, incondicionalmente e irremediavelmente, presente, sem arredar pé, tal como ele estava se a situação se virasse do avesso.
Eles tinham tudo para ficar juntos, até que a barreira da distância e vozes de quem não quer bem, começaram a intervir...[...]

1 comentário:

AlexandraPaixão disse...

eu adorei o livro, até mais que do filme.