Estou a cerca de duas horas a olhar para ti, pensando se te escrevo ou não, se te digo o que penso ou se deixo para lá como tantas vezes o fiz.
Faz mais de dois anos que não te deixo aqui uma mensagem, visito te sempre que posso, mais que não seja para ouvir essa Playlist criada por mim há tempo suficiente para algumas dessas músicas já nem se encontrarem no YouTube mas hesito sempre bastante em voltar a escrever te.
Admito que tenho saudades tuas mas vejo que mudaste, que te modernizaste e seguiste as tendências, que te seduziram pelo consumismo e que neste momento és uma montra de quem se quer mostrar ao mundo nas mais variadas atividades, noto que agora és um influencer ou serves para que outros os sejam e isso, afasta-me bastante de ti. Especialmente pelo que representavas para mim, eras o meu espaço de leitura de eleição, melhor que muitos livros que passearam sobre a minha vista, em ti, encontrei histórias verídicas de outras pessoas contadas pelas próprias, com toda paixão do mundo depositada nessa escrita, histórias em que não conhecíamos o seu autor a não ser pelo seu pseudónimo, logo o julgamento ficava-se pelo que estava escrito e não porque a pessoa era gorda ou magra ou alta ou baixa, lembraste disso? Da beleza de leres sobre alguém aqui ou ali e pensares que aquela pessoa escreve o que sente, o que pensa, sem que o teu raciocínio ou julgamento fosse deteriorado por associares aquela mensagem ou texto a uma cara ou a um corpo, honestamente, tenho saudades disso, saudades de te abrir e explorar o que muitos em tempos não tinham coragem de o dizer ou escrever nas suas vidas e vinham depositar tudo o que sentiam aqui, onde não existiam caras ou corpos, apenas folhas de texto e curiosos, tenho saudades do anonimato que trazias e das pessoas que outrora pisavam este lugar. Mas a culpa não é só tua, todos nós crescemos e alguns de nós esquecemos-nos da tua existência, outros prefiram deixar de te escrever e são muito poucos os que ainda cá andam, foste tomado de assalto pelo modernismo das redes sociais e funcionas mesmo como tal, neste momento és um canal usado para inspirar outros, não pelas histórias de vida que se liam antes mas pelo produto de marca que fará muito melhor ao cabelo, tornando-o liso e brilhante, mas repito, a culpa não é somente tua.
Eu também tenho a minha quota parte, em dois anos que te tenho visitado não te tenho escrito e se o estou aqui a fazer hoje é porque algo me deu essa vontade ou necessidade, mas acredita que em dois anos muita coisa muda, cresci, hoje posso dizer que sou um homem, tornei-me pai de uma criança fantástica e não poderia ter escolhido melhor mãe para o meu filho, sinceramente a vida corre-me bem, emigrei e os meu problema deixou de ser contar dinheiro para aguentar até ao final do mês e sim, escolher que país visitar a seguir, a vida acenou-me com uma oportunidade e eu agarrei-a, posso dizer-te que hoje sou feliz, mas há sempre aquele buraco que falta, e é aí que tu entras, sinto falta de escrever aqui e dizer-te como vai a minha vida, de como estou crescido e de como me rio de muita coisa que aqui escrevi, no entanto, sei que já não é isso que te cativa, que te faz ter pessoas aqui, como te disse antes, evoluíste e tornaste-te mercado, onde antes eras um mural de desabafos, hoje és uma montra de influência.
Se calhar é a última vez que te escrevo, se calhar não, parece que teremos que esperar para saber.
Faz mais de dois anos que não te deixo aqui uma mensagem, visito te sempre que posso, mais que não seja para ouvir essa Playlist criada por mim há tempo suficiente para algumas dessas músicas já nem se encontrarem no YouTube mas hesito sempre bastante em voltar a escrever te.
Admito que tenho saudades tuas mas vejo que mudaste, que te modernizaste e seguiste as tendências, que te seduziram pelo consumismo e que neste momento és uma montra de quem se quer mostrar ao mundo nas mais variadas atividades, noto que agora és um influencer ou serves para que outros os sejam e isso, afasta-me bastante de ti. Especialmente pelo que representavas para mim, eras o meu espaço de leitura de eleição, melhor que muitos livros que passearam sobre a minha vista, em ti, encontrei histórias verídicas de outras pessoas contadas pelas próprias, com toda paixão do mundo depositada nessa escrita, histórias em que não conhecíamos o seu autor a não ser pelo seu pseudónimo, logo o julgamento ficava-se pelo que estava escrito e não porque a pessoa era gorda ou magra ou alta ou baixa, lembraste disso? Da beleza de leres sobre alguém aqui ou ali e pensares que aquela pessoa escreve o que sente, o que pensa, sem que o teu raciocínio ou julgamento fosse deteriorado por associares aquela mensagem ou texto a uma cara ou a um corpo, honestamente, tenho saudades disso, saudades de te abrir e explorar o que muitos em tempos não tinham coragem de o dizer ou escrever nas suas vidas e vinham depositar tudo o que sentiam aqui, onde não existiam caras ou corpos, apenas folhas de texto e curiosos, tenho saudades do anonimato que trazias e das pessoas que outrora pisavam este lugar. Mas a culpa não é só tua, todos nós crescemos e alguns de nós esquecemos-nos da tua existência, outros prefiram deixar de te escrever e são muito poucos os que ainda cá andam, foste tomado de assalto pelo modernismo das redes sociais e funcionas mesmo como tal, neste momento és um canal usado para inspirar outros, não pelas histórias de vida que se liam antes mas pelo produto de marca que fará muito melhor ao cabelo, tornando-o liso e brilhante, mas repito, a culpa não é somente tua.
Eu também tenho a minha quota parte, em dois anos que te tenho visitado não te tenho escrito e se o estou aqui a fazer hoje é porque algo me deu essa vontade ou necessidade, mas acredita que em dois anos muita coisa muda, cresci, hoje posso dizer que sou um homem, tornei-me pai de uma criança fantástica e não poderia ter escolhido melhor mãe para o meu filho, sinceramente a vida corre-me bem, emigrei e os meu problema deixou de ser contar dinheiro para aguentar até ao final do mês e sim, escolher que país visitar a seguir, a vida acenou-me com uma oportunidade e eu agarrei-a, posso dizer-te que hoje sou feliz, mas há sempre aquele buraco que falta, e é aí que tu entras, sinto falta de escrever aqui e dizer-te como vai a minha vida, de como estou crescido e de como me rio de muita coisa que aqui escrevi, no entanto, sei que já não é isso que te cativa, que te faz ter pessoas aqui, como te disse antes, evoluíste e tornaste-te mercado, onde antes eras um mural de desabafos, hoje és uma montra de influência.
Se calhar é a última vez que te escrevo, se calhar não, parece que teremos que esperar para saber.